A Geomorfologia é uma geociência que estuda, de forma racional e sistemática, as formas de relevo, tomando por base as leis que determinam a génese e a evolução dessas formas.
O trabalho geomorfológico, que pressupõe do pesquisador uma série de conhecimentos de outras ciências, implica nas seguintes atividades: descrição, localização e dimensionamento dos diversos compartimentos e feições de relevo verificados na epigeoesfera. Além dessas preocupações, a Geomorfologia volta-se, principalmente, à génese e à evolução do relevo terrestre. A Geomorfologia é, portanto, uma ciência descritiva e genética.
Será a Geomorfologia uma ciência geológica, geográfica ou geofísica? Onde se situa, portanto, a Geomorfologia no quadro geral das ciências da Terra?
As Ciências Geológicas se propõem à reconstituição da história física do planeta Terra, tal como ela pode ser vista ou lida nos diversos estratos rochosos presentes na epigeoesfera. As ciências geofísicas, em geral, prendem-se ao aspecto atual dos fenómenos físicos, quer os que têm uma evolução rápida, tais como os envoltório fluidos e alguns fatos da litosfera, a exemplo dos abalos sísmicos e o magnetismo terrestre, quer os de carácter permanente, como a aceleração da gravidade.
A Geologia, quando investiga a história da Terra, desempenha essa tarefa através, sobretudo, de uma analogia com o que a observação dos fatos naturais, feita de forma direta, pode proporcionar. Por exemplo, ao se constatar que no presente determinadas causas produzem tais efeitos, efeitos análogos pressupõem as mesmas causas.
A Geomorfologia estuda o passado para compreender o presente. A Geologia faz exactamente o inverso. A Geomorfologia procura explicar as formas atuais de relevo, que podem ser facilmente divisadas na paisagem, por sua génese, por seu passado, às vezes muito distante. Porém, a exemplo da Geologia, a Geomorfologia não pode avançar, a não ser a partir de uma raciocínio analógico, que parte do presente. Essas ideias, na verdade, estão contidas no célebre Princípio do Actualismo, examinado mais adiante nestas Notas.

A estrutura da terra compreende uma complexidade de camadas, apresentando cada uma delas constituições físicas e químicas diferentes. Da superfície para o interior encontramos as seguintes camadas:
Camadas Externas: Compreende as camadas:Atmosfera, litosfera, hidrofesra e biosfera.
Atmosfera: Camada gasosa que nos envolve, representa a camada mais externa do planeta, nela encontramos a presença dos gases, vapor d'água e impurezas.
Camada rochosa propriamente dita, com espessura variável, apresentando em média de 35 a 50 km, compreendendo o sial e o sima.
Sial: compreende a parte superficial da crosta, corresponde ao solo e subsolo, nela que está a quase totalidade dos seres vivos e é dela que o homem retira a maior parte dos recursos naturais. Predominam no sial os minerais silício e alumínio.
Sima: Poção inferior da crosta, com predomínio do silício e o magnésio.
Hidrosfera: Camada líquida do planeta, representa a esfera de águas.
Biosfera: Esfera de vida, compreende a intersecção entre as camadas atmosfera, Litosfera e hidrosfera, ou seja, onde vivem os seres vivos.
GeologiaEra pré-cambriano: Divisão azoica compreende a era geológica mais antiga, cerca de 4,5 biliões de anos, caracteriza-se por ausência de vida, período de resfriamento do planeta, solidificações dos minerais e a origem das primeiras rochas, as magmáticas.
Arqueozóica: Aparecimento dos primeiros escudos, formações de rochas cristalinas e minerais metálicos. No final da era aparecem esponjas, algas, crustáceos e os primeiros fotossintetizantes.
Paleozóica: Desenvolvimento dos primeiros sedimentos e formação de bacias sedimentares antigas, como também de jazidas carboníferas. A era Paleozóica apresenta-se dividida em alguns períodos, como:
Cambriano..........(600 milhões/anos)Ordoviciano..........(490 milhões/anos)Siluriano..........(430 milhões/anos)Devoniano..........(400 milhões/anos)Carbonífero..........(350 milhões/anos)Permiano..........(270 milhões/anos)Era MesozóicaSurgimento dos primeiros mamíferos, dos dinossauros, aves, intensa atividade vulcânica, início de separação dos continentes, formação do petróleo e de bacias sedimentares. A era mesozóica apresenta-se dividida nos seguintes períodos:
Triásico..........(220 milhões/anos)Jurássico..........(180 milhões/anos)Creático..........(165 milhões/anos)Era CenozóicaFormação das actuais cadeias de montanhas, intensas glaciações, formações de bacias sedimentares recentes e o aparecimento do homem.
Períodos:Terciário..........(60 milhões/anos)Quartenáio..........(1 milhão/anos)GeomorfologiaRelevo TerrestreO relevo terrestre corresponde à diversidades de aspectos da superficie da crosta terrestre, ou seja, o conjunto dos desnivelamentos da superficie do globo.
O relevo é resultado da atuação de dois grupos de forças:
1. Os agentes internos ou endogenos: tectonismo, vulcanismo e abalos sismicos.
2. Os agentes externo ou exogenos, o mesmo que agentes erosivos: intemperismo, erosão fluvial, erosão pluvial, erosão eolica glaciaria e nival, erosão marinha e erosão acelerada.
Os Agentes InternosO tectonismo: Os movimentos tectonicos, tambem chamados diastrofismo, são forças lentas e prolongadas que afetam a superficie terrestre verticalmente ou horizontalmente.
Epirogênese: São movimentos verticais lenttos e prolongados de subida ou de descida de grandes áreas da crosta terrestre. Os movementos epirogênicos possuem caracteristicas especiais, como a de nao afetar as estruturas antigas.
Orogênese: São movimentos horizontais, lentos e prolongados, que atuando sobre camadas de rochas sedimentares de boa plasticidade provocam o dobramento das mesmas.
Vulcanismo: É atividades pela qual o material magmatico que se encontra a uma elevada temperatura, e em estado de fu~soa chega até a superficie.
Os relevos vulcanicos são formados exclusivamente de rochas vindas das profundezas o que lhes confere uma forma imprevista, como que artificial. Se as rochas que vem do magma são acidas, elas se resfriam rapidamente e bloqueiam a saido do vulcão.
Abalos Sismicos: Vibrações das camadas da crosta da terra produzidas pelos tremores e oriundas de fenomenos tectonicos ou vulcanicos. Suas causas são diversas. Podem se de origem vulcanica, decorrer de desabamentos de camadas mais profundas da crosta ou resultar de tectonismo. Os abalos sismicos tectonicos são os mais importantes. São provocados por ondas de vibração, cuja origem não está perfeitamente explicada, embora ocorram mais nas áreas de encontro das placas. O local no interior da corsta, onde essas ondas se originam é denominado
hipocentro; o local da superficie, onde essas ondas chegam com maior intesidade, é chamado de
epicentro.Agentes ExternosIntemperismo: Conjunto de processos mecanicos, quimicos e biologicos que ocasionam a desintegração e decomposiçao das rocha. O uso do termo intemperismo tem sido combatido por certos autores que preferem o de meteorização, pelo fato de melhor corresponder ao termo inglês weathering. Talvez mais feliz que o emprego do termo meteorização serio o de erosão elementar, tendo em vista que esta constitui a etapa preliminar, ou mesmo, elementar, na realização de qualquer dos outros tipos de erosão.
Erosão eolica: O trabalho realizado pelo vento é mais importante nas regiões desérticas, nas zonas semi-aridas, ou ainda nas zonas litoraneas.
1. Deflação: Consiste no trabalho de varrer uma certa superficie, retirando sedimentos finos, ou até mesmo seixos, dependendo da velocidade do vento.
2. Corrosão: É uma ação compost: as particulas, retiradas dos solo pelos ventos com a deflação e lançadas contra as rochas, transforma-se, por sua vez, em agentes de erosão, dependendo de sua intesidade e do tipo rocha.
Erosão Glacial: Trablho feito pelas geleiras de grande importância nas regiões de clima frio e temperado. Nas regiões geladas a morfologia é menos conhecida que nas intertropicais.
Erosão Fluvial: Trabalho continuo e espontâneo das águas correntes na superficie do globo terrestre. É tambem chamada de erosão normal pelos geomorfologos nas regiões temperadas. O geologos chamam-na de erosão natural ou erosão natural ou erosão geologica. Para os morfologistas europeus, ela é restrita apenas ao trabalho de modelagem do relevo, feitos pelos rios.
Erosão acelerada: Tambem chamada anormal - realizada na superficie terrestre pela intervenção humana e de seres vivos em geral ocasionando um desequilibrio litológico.É o aceleramento da erosão nas camadas suoerficiais do solo motivado por fesflorestamento, cortes de barramcos em estradas etc.
Erosão Antrópica: É definida como desenvolvimento de processos que transformam a paisagem natural, aós a realização de um trabalho feito pelo homem.
Erosão Diferencial: Diz-se do trabalho desigual dos agentes erosivos ao desgastarem a superficie do relevo. Há rochas que resistem mais a um determinado tupo de erosão, e outras menos. Da mesma maneira há ertos acidentes produzidos pela tetônica, como o fraturamento, que favorecem o trabalho de certos agentes da erosão.
UNIDADES GEOMORFOLOGICASPlanices: Extensão de terreno mais ou menos plano onde os processos de agradação superam os de degradação. É necessario salienar que existem planicies, que podem estar a mais de 1000 metros de altutudes, que constituem as chamadas planicies de nivel de base local, ou planicie de montanha.
Planalto: Extensão de terrenos sedimentares mais ou menos planos, situados em altitudes variavéis. Em geomorfologia usa-se, às vezes este termo com sinonimo de superficie pouco acidentada, para designar grandes massas de relevo arrasadas pela ersão, constituindo uma superficie de erosão. Diz-se, então, que a superficie do planalto é muito regular.
Serra: Termo usado na descrição da paisagem física de terrenos acidentados com fortes desniveis. No Brasil elas designam, às vezes, acidentes variados, como escarpas de planaltos con alturas de 50 a 100 metros, na região amazônica, no planalto mato-grossense. O vocabulario serra é usado com sentido muito amplo na linguagem corrente, poém, tecnicamente, ele está renegado pelos geomorfólogos.
Chapadão: Termos regionais ultilizado para uma série de chapadas ou planaltos de superficie regular que aparecem nso estados do Mato-Grosso e Goiás, principalmente.
Cuesta: Forma de relevo dissimetrico constituido por uma sucessão alternada das camadas, com diferentes resistencias ao desgaste, e que se inclinam numa direção, formando um declive suave no reverso e um corte abruptoou íngreme na chapada frente de cuesta.
Depressão: Área ou porção di rekevi situada abaixo do nível do mar, ou abaixo do nivel das regiões que lhe estão proximas. As depressões do primeiro tipo, isto é, abaixo do nivel do mar, são denominadas de depressões abslutas e as do segundo tipo, de depressões relativas.
Inselbergue: Denominação usada por Bornhardt para as evelações ilhadas que aparecem em regiões de clima árido. Hoje este termo está sendo usado de modo confuso por certos geomorfologos para designar cones vulcanicos, formas de pães-de-açúcar.
Colina: Termo usado na descrição da paisagem fisica, pelos geomorfologos para indicar pquenas elevações do terreno com declives suaves e inferiores aos outeiros. A altitude das colinas não excede 50 metros.
Falésias: Termo usado indistintamente para designar as formas de relevo litorâneo abruptas ou escarpadas ou, ainda desnivelamento de igual aspecto no interior do continente.